04/12/2012

Programa Petrobras Ambiental

Comitê da Bacia do Tramandaí conhece o Parque Estadual de Itapeva

A Unidade de Conservação destaca-se pela rica diversidade de ecossistemas

Representantes do Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Tramandaí foram até o norte da região no dia 29 de novembro, para conhecer o Parque Estadual de Itapeva, no município de Torres. A IV visita técnica do Comitê teve a proposta de mostrar aspectos ambientais e sociais do norte da bacia relacionados às unidades de conservação e sua relação com a proteção das águas. A atividade faz parte do projeto Taramandahy, executado pela Ação Nascente Maquiné (ANAMA) com patrocínio da Petrobras, através do Programa Petrobras Ambiental.

 “Nesta saída, a proposta foi fazer a relação entre as políticas de gestão dos recursos hídricos com a questão das Unidades de Conservação”, afirmou Dilton.

Trilha ecológica - Acompanhado pelo gestor do Parque, biólogo Paulo Carlos Grübler e pela técnica ambiental Danúbia Nascimento, o grupo percorreu a trilha do Morro de Itapeva e a trilha das Dunas. Num curto trajeto foi possível ver uma diversidade de ecossistemas pouco encontrada na Mata Atlântica. O Parque possui aproximadamente mil hectares de dunas, banhados, mata paludosa e mata de restinga, habitat natural para milhares de espécies de fauna e flora silvestre, entre as quais, muitas estão ameaçadas de extinção. O gestor explicou que o Parque, criado em 2002, é uma Unidade de Conservação de proteção integral com possibilidade de uso público recreacional e educativo, com acesso para estudantes, professores, técnicos e pesquisadores. “Depois que o camping do parque foi interditado em 2010, a vegetação está em processo rápido de regeneração”, afirmou.

Patrimônio ambiental - O parque é uma das poucas unidades de conservação do estado que pertence a duas bacias hidrográficas - é divisor de águas entre as bacias do Rio Mampituba e do Rio Tramandaí. A zona de amortecimento do Parque (área de entorno que também deve ser preservada) tem oito mil hectares e abrange desde a ponta nordeste da Lagoa Itapeva, até os limites da zona urbana da cidade de Torres. Grübler acredita que o Parque seja o único ambiente existente no litoral norte ainda conservado na sua forma original.

Porém, o gestor apontou que a Unidade de Conservação encontra algumas dificuldades para a sua preservação e valorização, como a expansão urbana irregular, a especulação imobiliária, o extrativismo ilegal assim como o atropelamento de animais.

Área protegida - Aproveitando a presença dos integrantes do Comitê na região, o biólogo da prefeitura de Torres, Rivaldo da Silva, fez uma apresentação sobre a Área de Proteção Ambiental (APA) da Lagoa Itapeva, localizada próxima ao aeroporto regional. Criada em 1999, esta área de 436 hectares, abrange diferentes ambientes, como campo úmido, dunas, mata de restinga e mata paludosa, abrigando grande riqueza de espécies vegetais e animais, sendo que um “corredor ecológicoambém foi criado para fazer interligação com o Parque. Rivaldo relatou ainda que o principal problema da APA é o esgoto dos municípios largado na Lagoa Itapeva, sem tratamento adequado.

Receptivo - Complementando a visita à região, o grupo conheceu o Espaço Mar, da Jamboo Turismo, que oferece ao público e escolas uma exposição com uma impressionante diversidade de exemplares biológicos e marinhos da costa marinha, além de fotografias e painéis, revelando curiosidades e informações preciosas sobre a diversidade de espécies e ambientes do litoral gaúcho.

:: VOLTAR PARA LISTA GERAL DE NOTÍCIAS