13/09/2012

Projeto Agricultura Familiar e Agroecologia

Curso sobre viabilidade econômica e gestão reúne grupos da agricultura familiar do Litoral Norte

Em grupo, a agricultura familiar tem mais estabilidade, alcance maior volume, regularidade e diversidade de alimentos. Tem mais força política e alcança mercados mais justos. Porém, a organização, gestão, viabilidade econômica e sustentabilidade dos grupos e seus empreendimentos é um grande desafio para as famílias e demanda muito trabalho.

O Curso de Viabilidade Econômica e Gestão Democrática de Empreendimentos da Agricultura Familiar busca contribuir com este desafio aprofundando temas como: formalização de grupos, economia solidária, gestão participativa de empreendimentos, administração e finanças, formação de preços, planejamento da produção, entre outros.

Um dos objetivos, portanto, é promover um espaço de formação que aprofunde o conhecimento da atividade de cada grupo, bem como a aproximação dos diferentes empreendimentos para facilitar a construção de estratégias de fortalecimento em conjunto, como o acesso a novos mercados e a otimização das estruturas. Com 44 horas de formação, o curso realizado pela Ação Nascente Maquiné (ANAMA), através do projeto Agricultura Familiar e Agroecologia, patrocinado pela Petrobras,  pelo Programa Petrobras Desenvolvimento e Cidadania, iniciou no dia 11/agosto, com  encontro de abertura realizado na Escola Estadual L.V. Langendonck. Entre os inscritos estão agricultores e agricultoras da Coomafitt (Itati, Terra de Areia e Três Forquilhas), Coopaf (São Francisco de Paula), AMADECOM (Três Forquilhas), Associação Içara e do grupo Sabores da Terra (Maquiné), além de técnicos da Emater, das prefeituras e sindicatos da região.

Para os participantes, o curso está fornecendo subsídios e permitindo a troca de experiências e informações. Durante a atividade, os agricultores afirmaram: “estamos tratando de problemas e soluções que é a realidade de todos”, “nós nos motivamos a crescer” e que “interagir em grupo melhora o aprendizado para todos”. Além disso, entre as motivações para participarem desta formação estão o conhecimento e a integração com outros grupos organizados para ajudar no fortalecimento da agricultura familiar, a vontade de sair do grupo (informal) para formalizar uma cooperativa, os benefícios para a organização dos agricultores familiares, para a sociedade e o meio ambiente e, como foi citado, “por ser agricultora, acreditar que vale a pena trabalhar na terra e que além do lucro podemos ter uma vida mais saudável”.

Atualmente, estes grupos abastecem milhares de consumidores com alimentos de qualidade, através da Alimentação Escolar, de entidades de assistência social (pelo Programa de Aquisição de Alimentos – PAA-CONAB), cooperativas de consumidores, feiras e outros pontos de venda.

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