Multidisciplinaridade e integração marcaram o I Curso de Educação Ambiental do Litoral Norte

A busca de conhecimento, qualificação e parcerias, levaram professores, técnicos, gestores municipais e ongs do litoral norte a participarem de formação em educação ambiental, durante três sábados no mês de junho e julho, no  município de Torres. O I Curso de Educação Ambiental para formação de redes na bacia hidrográfica do Rio Tramandaí trouxe instrumentos para elaboração e execução de projetos de educação ambiental (EA). A atividade faz parte do projeto Taramandahy: Gestão integrada dos recursos hídricos da bacia do rio Tramandaí, realizado pela Ong Ação Nascente Maquiné (ANAMA), com o patrocínio da Petrobras, através do Programa Petrobras Ambiental, e a parceria do Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Tramandaí e da 11ª Coordenadoria Regional de Educação do Estado.

O coordenador do projeto Taramandahy, Dilton de Castro, salientou que um dos objetivos do trabalho é fortalecer a Rede de Educação Ambiental da bacia, entre outras ações que estão em desenvolvimento no litoral norte, como o monitoramento da qualidade da água e o fortalecimento do Comitê de Gerenciamento.

Elaborando projetos - Os participantes do curso de diferentes áreas - biologia, educação, geografia, arquitetura, engenharia, administração, militar, ambiental, direito e ecologia - trabalharam em conjunto para transformar suas idéias em ações, através de projetos para as suas regiões. A bióloga Maria de Fátima Maciel ajudou o grupo multidisciplinar a abrir os horizontes e se instrumentalizar para a elaboração dos projetos, através de uma oficina interativa e de sensibilização.

Durante os três módulos do curso, também foram apresentadas palestras e oficinas sobre a história e princípios da EA, formação de redes, alimentação saudável, legislação ambiental, fotografia, mandalas, gestão integrada em recursos hídricos e hortas escolares. A coordenadora do curso, a bióloga Juliana Hogetop, destacou a importância do olhar crítico, da interdisciplinaridade e do diálogo na realização de projetos. Complementando essa linha de pensamento, a geógrafa Luciane Dalsasso, mostrou que o objetivo de uma rede é favorecer o intercâmbio de informações, estabelecer parcerias e qualificar as atividades, além de formar multiplicadores.

Projetos qualificados - No último módulo da formação, cada grupo apresentou um projeto que será executado em sua comunidade. O projeto “Educação Ambiental na Escola” enfatizou o reaproveitamento de garrafas Pet para a construção de um galpão, onde acontecerão as oficinas de EA. O projeto “Outra agricultura é possível”, propõe mostrar aos alunos de Morrinhos que é possível produzir alimentos saudáveis, através da agroecologia. O projeto “Ambiente: pequenas ações grandes transformações” que já está em andamento em Capão da Canoa, busca a mudança de hábitos e atitudes, através de ações para o reaproveitamento de resíduos. O grupo de Torres chamou a atenção para a necessidade de mapear os resíduos sólidos da cidade e a sua relação com a comunidade. Também para a região, outro grupo propôs “Trilhas Ecológicas na Lagoa da Itapeva”, para mostrar às crianças a importância da preservação ambiental.  E o projeto “Trabalhando sobre conservação de ecossistemas naturais do Litoral Norte”, visa sensibilizar estudantes sobre a poluição dos recursos hídricos, através de atividades práticas. Os projetos apresentados estão qualificados para serem implementados em suas localidades e receberão acompanhamento da Rede de EA.

Assessoria de Imprensa Anama
Simone Moro
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