07/04/2015
Projeto Taramandahy - FASE II
Frutas Nativas são foco das oficinas do Projeto Taramandahy – Fase II
Agricultores e técnicos participaram de beneficiamento na Agroindústria Bellé e no Sítio da Amizade
Com o objetivo de promover a disseminação de técnicas sustentáveis e alternativas de produção agrícola, o Projeto Taramandahy – Fase II, da Anama (Ação Nascente Maquiné) promove oficinas temáticas em agricultura sustentável e adequação ambiental. Inserido neste contexto, em março ocorreram dois encontros de beneficiamento de frutas nativas desta estação, reunindo agricultores e técnicos do Projeto. O primeiro foi com a fruta uvaia, na Bellé Agroindústria Familiar, no município de Antônio Prado. E o segundo, feito com a goiaba, no Sítio da Amizade, em Maquiné.
A Agroindústria da Família Bellé foi a primeira a receber a certificação orgânica de frutas nativas no Estado e hoje é referência na produção de polpas, doces, sucos e extratos. Há 25 anos, Aldaci e Nélio iniciaram a comercialização junto à Feira de Agricultores Ecológicos (FAE) no Bairro Bom Fim, em Porto Alegre. Praticamente a mesma idade da feira tem a filha do casal, Franciele, que sempre os acompanhou. Atualmente, ela, o marido Rodrigo e os dois filhos, Angélica e Diego, assim como o que está por chegar, fazem parte da rotina da Agroindústria. Os Bellé também apoiam famílias que produzem ecologicamente na região, utilizando seus excedentes na elaboração de produtos. Além disso, são associados à Cooperativa AECIA de Agricultores Ecologistas de Antônio Prado e Ipê, articulando no resgate da biodiversidade, colaborando na recuperação do ecossistema, incentivando o plantio e o cultivo de frutas nativas.
Em 17 e 18 de março, um grupo de agricultores que recebem assessoria técnica do Taramandahy – Fase II, junto a técnicos, conhecerem os sistemas agroflorestal e agroindustrial dos Bellé, em Antônio Prado. Lá, participaram da colheita de frutas nativas e do beneficiamento de uvaia (Eugenia pyriformis Cabess - fruta típica da Mata Atlântica, que ocorre de São Paulo ao Rio Grande do Sul). A “nona” Aldaci apresentou duas formas de despolpe: com peneira e com despolpadeira. O processo realizado na agroindústria, que conduz um aquecimento da polpa seguido de seu envasamento, permite o armazenamento do produto em temperatura ambiente por até dois anos.
Uma segunda oficina ocorreu dia 23 de março no Sítio da Amizade, em Maquiné, cujos proprietários, Leonira e Mathias Dalpiaz produzem ecologicamente, suco de uva, queijos, vinhos e salames. Lá se realizou o beneficiamento da goiaba (Psidium guajava), a partir da sua despolpa. A polpa da goiaba foi embalada em sacos plásticos, selados e armazenados em ambiente congelado.
As oficinas temáticas com foco no reconhecimento e uso de frutas nativas são realizadas pelo Projeto Taramandahy – Fase II, com patrocínio da Petrobras, através do Programa Petrobras Socioambiental. Este Programa apoia tais iniciativas que colaboram com o fortalecimento da agricultura familiar ecológica, com base em modelos de produção e formação de redes solidárias, e os usos tradicionais associados, como forma de preservar e conservar a biodiversidade, assim como os produtos e saberes da sociobiodiversidade.
VEJA AS GALERIAS COMPLETAS:
>> Beneficiamento da uvaia na Agroindústria Familiar Bellé, em Antônio Prado
>> Beneficiamento da goiaba no Sítio da Amizade em Maquiné
Anaiara Ventura - Assessoria de Imprensa
Jornalista MTB/RS: 15155
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