22/07/2015
Projeto Taramandahy - FASE II
Tecnologias da agricultura orgânica são repassadas a agricultores ecologistas assessorados pelo Projeto Taramandahy – Fase II
No início de julho, foi realizada a 15ª oficina temática em agricultura sustentável e adequação ambiental do Projeto Taramandahy – Fase II. Os técnicos do Projeto Gustavo Martins e Carlos Gasparini Neto, junto ao técnico de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER Agroecologia - MDA/CETAP) Evandro Mateus Moura, sistematizaram a oficina de Calda Sulficálcica e Biofertilizante a agricultores ecologistas do Litoral Norte assessorados pelo Taramandahy.
A atividade ocorreu no município de Itati, na Casa do Mel da família de Eva e Moacir Rech dos Reis, que se dedicam à prática da apicultura desde a década de 1980. Com a proposta de apresentar tecnologias que auxiliam no processo de transição da agricultura convencional para a ecológica, a ação também visa garantir esta iniciativa aos agricultores que têm produção orgânica certificada, aos não certificados que pretendem migrar e àqueles em processo de conversão para a produção orgânica.
O Projeto Taramandahy – Fase II é patrocinado pela Petrobras, através do Programa Petrobras Socioambiental e desenvolvido pela ong Anama. A ação contempla os objetivos do Programa Socioambiental, ao assegurar a perspectiva ambiental como um direito humano, ampliar as interfaces entre políticas públicas, pautas ambientais e interesses de negócio, bem como estimular a formação de redes de aprendizagem, promovendo a troca de conhecimento e incentivando a disseminação de tecnologias sustentáveis.
Segundo os técnicos, o biofertilizante é constituído de micro-organismos vivos que ajudam a recuperar e nutrir o solo, estimulando o crescimento das plantas, fazendo com que esta assimile os nutrientes mais rapidamente e cresça mais sadia, agregando qualidade ao produto. Já, a calda sulfocálcica é um preparado a base de cal virgem e enxofre que possui efeito de proteção das plantas a doenças e insetos, contribuindo para sua nutrição.
Uma das experiências socializadas no encontro foi a do produtor de banana orgânica Luiz Carlos Pizzolotto, conhecido como Chico. Ele já utiliza estas tecnologias na sua produção, cuja certificação é consolidada há dois anos e observou que o consumidor atual exige mais qualidade da banana, principalmente da orgânica.
Outro tipo de experiência é a de seu Eledir da Silva Vargas, que é agricultor e servidor público municipal. Ele está em processo de transição da agricultura convencional para a ecológica e pretende utilizar todas as tecnologias disponíveis para este procedimento.
Com os objetivos de aumentar a renda familiar e completar os estudos, Eliane Souza deixou a vida na roça – de agricultura convencional - aos 15 anos de idade. Aos 22, conheceu seu marido e com ele voltou para a agricultura. No entanto, a busca por alimentos com mais qualidade e de uma vida mais saudável a levou a participar de um coletivo de produtores orgânicos. Com brilho nos olhos, ela afirmou que a partir da transição e certificação orgânica, a qualidade de vida dela e de sua família se elevou em todos os aspectos.
As atividades de assistência à agricultura familiar ecológica, como visitas e formações, fazem parte do programa de conservação integrada dos recursos hídricos, solo e floresta e das ações de educação e sensibilização ambiental do Projeto Taramandahy – Fase II. Para o mês de julho, estão previstas a oficina de atualização das leis de certificação, em Três Forquilhas, dia 22, e a visita de intercâmbio para formação com bananeiros, em Osório e Terra de Areia, dia 29.
Anaiara Ventura - Assessoria de Imprensa
Jornalista MTB/RS: 15155
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