14/10/2016
Anama recebe visita de alunos da biologia UFRGS
Alunos e professor Dr. Paulo Brack conhecendo um canteiro do paisagismo produtivo, com hortaliças, pancs, frutíferas e condimentos
No dia 8 de outubro, a Anama recebeu em sua sede a turma de alunos do curso de biologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. O professor Dr. Paulo Brack, ministrante da disciplina “Manejo da Biodiversidade”, trouxe os alunos para conhecerem as experiências desenvolvidas pela equipe da Associaçãoem suas múltiplas atividades relativas àbiodiversidade no litoral norte gaúcho.
O associado e ecólogo Dilton de Castro, apresentou as iniciativas de sustentabilidade aplicadas na sede da Anama, um Centro de Referências Ambientais, projetado cm base na permacultura e construído para ser um espaço pedagógicoe demonstrativo em eficiência energética, uso racional da água, tratamento de resíduos, geração de energia, educação alimentar e agroflorestal. Através de um percurso didático, os alunos conheceram a sede bioconstruída com pedra, terra e palha, que apresenta um ótimo conforto térmico, capta e armazena água da chuva em cisternas de ferrocimento e gera energia limpa através de painéis fotovoltaicos. Também conheceram o tratamento de águas cinzas e negras, que após diversas etapas de filtragem, gera nutrientes para o paisagismo produtivo do terreno, demonstrando uma possibilidade real de saneamento básico para as zonas rurais da região. Tiveramcontato aindacom a agroflorestabiodiversa em crescimento, com plantas alimentícias não convencionais (pancs), árvores frutíferas como juçara, pitanga, bananas, cítricos, araçás, ingás, plantas medicinais e condimentares que convivem neste Centro juntamente com os polinizadores da floresta e da agricultura: as abelhas nativas. Os alunos puderam visualizaruma espécie de abelha ameaçada de extinção (manduri), além da jataí, tubuna e mirim emerina, todas criadas nesse espaço.
Turma da disciplina de Manejo da Biodiversidade da biologia/UFRGS conhecendo área em recuperação promovida pela Anama no leito e margens do rio Maquiné
Por fim, aproveitando o dia, o ecólogo levou a turma para conhecer duas áreas recuperadas pelo Projeto Taramandahy. São áreas que apresentavam forte assoreamento no rio Maquiné e erosão em suas margens, devido ao uso da terra que retira até o último centímetro da mata ciliar. Foi explicado que o projeto investiu no diálogo com os proprietários para que “cedessem” parte de suas terras para serem reflorestadas juntamente com a renaturalização do rio, através do desassoreamento e recomposição dos taludes de proteção das margens. A visita foi mutuamente compensadora na medida em que futuros biólogos conheceram práticas reais de manejo da biodiversidade e a Anama estreitou seus laços com a Universidade Pública.
Área em recuperação do rio Maquiné; nota-se a recomposição do talude marginais e o crescimento da mata ciliar em trecho que estava sob intensa erosão há 04 anos
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