09/04/2018
Tecnologia Bioswales é socializada para 30 participantes em oficina
Atividade realizada pelo Projeto Taramandahy – Fase III culminou em implantação dos canais biológicos com zonas de infiltração no Centro de Referências Ambientais
O número de interessados na oficina de criação de canais biológicos com zonas de infiltração – “Bioswales" – foi maior que o previsto, com trinta participantes de diversas áreas de atuação que estiveram no Centro de Referências Ambientais, sede do Projeto Taramandahy – Fase III em Maquiné, dia 13 de março. A atividade contou com o biólogo e permacultor do Instituto Ambiental Daterra, Jeferson Müller Timm, como facilitador. Ele antecipou como funcionam os bioswales, enquanto sistemas de drenagem que proporcionam o direcionamento, filtragem e infiltração de água no solo, evitando erosões e empoçamentos, favorecendo a recarga do lençol freático, a distribuição de água no terreno, a irrigação de culturas e o melhoramento do microclima e da paisagem do local.
Pela manhã, houve apresentação do Projeto Taramandahy – Fase III, bem como da parceira Rede de Educação Ambiental do Litoral Norte, seguida pela parte teórica sobre os bioswales. Também foi realizado o percurso pelo CRA, com orientação sobre as tecnologias ecoeficientes aplicadas no local. Na primeira parte da tarde, Timm apresentou as plantas macrófitas aquáticas que podem compor os canais de infiltração. Em seguida, todos o acompanharam até a área que recebeu implantação de agrofloresta no CRA, aonde puderam construir os sistemas de drenagem da água.
Esta atividade faz parte das ações de implementação de tecnologias ecoeficientes em espaços educacionais e comunitários propostas pelo Projeto, contemplando assim seu objetivo maior no que tange à gestão dos recursos hídricos da Bacia Hidrográfica do Tramandaí. O Projeto Taramandahy - Fase III é realizado pela Anama e patrocinado pela Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental e Governo Federal.
Ao final do dia, os participantes puderam avaliar a oficina. Dentre os relatos estão desde sugestões para disponibilizar apostilas nestas ocasiões, até a certeza de aplicação dos conteúdos teórico e práticos nos ambientes de trabalho, de comunidades e de residências, ou propriedades rurais. Acompanhe outras considerações acerca deste dia:
“A oficina trouxe uma grande possibilidade de aperfeiçoar, além de conhecimentos novos. Sugestão: Maior público interessado (mobilização) (Ajuda de custo)”.
“Na minha experiência achei uma das melhores oficinas assistidas: prática, dinâmica, bem organizada nos horários e nas refeições (refeições muito boas). Ambiente ótimo que deu espaço ao intercâmbio de ideias.”
“Muitas ideias novas surgiram, não só vindas do facilitador, mas das trocas obtidas através dos participantes da oficina.”
“Contribui e muito para novas ideias práticas de manejo da água.”
“Com certeza estarei aplicando tanto as tecnologias para tratamento efluentes, quanto de direcionamento e controle da água. Além das informações sobre utilização das plantas.”
“...a técnica possibilitou o entendimento de abastecimento do lençol freático, sobre as águas subterrâneas, bem como sobre formas alternativas de tratamento de efluentes.”
“A oficina está totalmente conectada à água, pois ajuda a armazenar/reter quando necessário e também, limpar a água.”
“O processo de filtração das macrófitas aquáticas tem um papel muito importante para nutrição e qualidade da água. A água que fica acumulada no solo “retenção de umidade”, de fato reserva uma água mais “pura”.
“Todos os métodos para a melhoria da água são bem vindos para podermos utilizar adequadamente e para consumo.”
A próxima oficina de implementação de tecnologias ecoeficientes está programada para ocorrer dia 14 de abril. A temática da construção em terra crua, com reboco em parede de barro - será levada para o Centro de Informações Turísticas de Maquiné. Mais informações aqui (link de acesso).
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