08/06/2018
Projeto Taramandahy – Fase III promoveu oficina de Calda sulfocálcica
Técnica ajuda como protetor das plantas e colabora para a transição agroecológica
Dia 23 de maio, a equipe técnica em assessoria agroecológica do Projeto Taramandahy – Fase III realizou a primeira Oficina temática em agricultura sustentável e adequação ambiental. A atividade ocorreu na propriedade rural do Sr. Agedi Espindola, no município de Terra de Areia. Ele é agricultor familiar, produtor de abacaxi e assessorado pelo Projeto. Na ocasião, foi elaborada a Calda Sulfocálcica: preparado a base de cal virgem e enxofre que possui efeito de proteção das plantas contra doenças e insetos, ajudando também, em sua nutrição. Esta é uma tecnologia sustentável que colabora para reduzir o uso de produtos contaminantes dos alimentos, solo e água, qualificando, dessa forma, a conservação dos recursos hídricos da Bacia do Tramandaí.
Segundo o assessor em agroecologia do Projeto, Gustavo Martins, “a Calda Sulfocálcica é de baixo custo e seu uso é permitido na produção orgânica de alimentos. Isso a torna uma alternativa técnica para agricultores familiares em transição para agricultura de base ecológica”.
As oficinas temáticas têm por objetivo contribuir para a construção de conhecimento sobre agricultura ecológica, auxiliar no planejamento das propriedades rurais e valorizar a sociobiodiversidade junto às famílias agricultoras e técnicos. Elas fazem parte do ‘Programa de conservação integrada dos recursos hídricos, solo e floresta’, orientado pelo Projeto Taramandahy – Fase III, realizado pela Anama e patrocinado pela Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental e Governo Federal. Até o ano de 2020, serão promovidas dez oficinas sob a temática da agricultura sustentável e adequação ambiental.
Cerca de vinte famílias agricultoras assessoradas pelo Projeto participaram da formação. Entre elas, encontram-se as que estão em processo de transição para a agricultura orgânica e as que já tem seus produtos certificados e necessitam de alternativas técnicas ecoeficientes para manter suas produções. A agricultora Elisabetha Sulzbach Kath participou pela primeira vez de uma oficina de um produto fitoprotetor. De forma ecológica, ela produz morangos, plantas medicinais e verduras para a feira do município de Capão da Canoa. Havia pesquisado sobre a calda sulfocálcica, mas estava à procura de uma formação prática: “... estava sem coragem de me aventurar sem um apoio técnico”, esclarece ressaltando que na oficina, além das “palestras serem muito boas, a turma interagiu bastante e pode-se unir teoria com a prática”. “...Vou usar em frutíferas, morangos e o que mais for necessário”, determina a agricultora.
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