20/05/2010
Criação de abelhas nativas sem ferrão ajudará a recuperar mata ciliar
No RS existem 20 espécies de abelhas nativas e nas florestas tropicais elas respondem por cerca de 40% da polinização. Algumas espécies, além de prestarem esses serviço ambiental, são interessantes para serem criadas pelo homem por motivos socioeconômicos: produzem mel e própolis de excelente qualidade e podem ser introduzidas em sistemas agroflorestais ou mesmo em hortas e pomares, o que aumenta a produtividade e vigor das plantas. Juntando esses aspectos sociais, econômicos e ecológicos, temos uma atividade dita sustentável.
Infelizmente, devido à predação realizada por indivíduos da espécie Homo sapiens, algumas espécies dessas abelhinhas estão ameaçadas de extinção no RS. Por esses motivos, o projeto “Recuperação de Áreas Degradadas da sub-bacia do rio Maquiné”, patrocinado pela Petrobras através do Programa Petrobras Ambiental, estabeleceu como meta a criação racional de 4 espécies de abelhas nativas sem ferrão: manduri, guaraipo (ambas ameaçadas) tubuna e jataí. Os enxames estão sendo adquiridos na própria região de meliponicultores que manejam racionalmente os núcleos de abelhas, com os devidos cuidados que esses insetos merecem.
A instalação do meliponário do projeto está sendo feita na Estação Experimental da Fepagro, como fruto do convênio firmado com a Anama. A equipe do viveiro com o reforço de um estagiário de nível superior com experiência nessa área, monitora o plantel, observando a movimentação dos indivíduos no entorno da colméias, a presença de predadores e outros aspectos visuais que identificam o estado do enxame.
Neste mês iniciou o curso para criação racional das abelhas nativas, com o módulo introdutório. O curso segue na primavera e verão com teoria e práticas de manejos adequados a cada estação. No fim, os participantes serão agraciados com enxames e caixas racionais para iniciarem ou avançarem na sua produção.
Por Coletivo Catarse
Foto: Dilton de Castro
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