Petrobras Ambiental
Recuperação de áreas degradadas da sub-bacia do rio Maquiné
LINHAS DE ATUAÇÃO – Fixação de carbono e emissões evitadas com base na recuperação de áreas degradadas
PERÍODO DE REALIZAÇÃO
24 MESES
LOCAL DE REALIZAÇÃO
Estado do Rio Grande do Sul, município de Maquiné.
Sub-bacia Hidrográfica do rio Maquiné; bacia do rio Tramandaí.
ABRANGÊNCIA DO PROJETO
O Projeto insere-se totalmente no bioma Mata Atlântica.
A população envolvida diretamente são proprietários rurais com terras banhadas pelo rio Maquiné e afluentes. Há também o envolvimento da comunidade escolar, para as quais o projeto propiciará oficinas de educação ambiental, envolvendo 175 alunos de 04 escolas das localidades. Assim, temos um total de 300 pessoas atendidas diretamente. Entretanto, podemos considerar que a comunidade como um todo será atendida indiretamente, uma vez que as intervenções no rio beneficiam a região em geral.
RESUMO
O Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas na sub-bacia do rio Maquiné é proposto pela ONG Ação Nascente Maquine e foi selecionado no Edital 2008, do Programa Petrobras Ambiental, sendo um dos contemplados no estado do Rio Grande do Sul.
Devido às situações complexas envolvendo eventos climáticos extremos, relevo com alta declividade e desmatamentos, esta sub-bacia apresenta-se comprometida em sua qualidade ambiental, com o rio assoreado e ausência de mata ciliar. Pela sua importância ecológica regional e social, necessita de ações urgentes para reverter ou minimizar esse quadro.
Para intervir nesse ambiente, adotamos a visão ecossistêmica e propomos ações conjugadas e complementares:
a) reflorestamento conforme processo de sucessão ecológica, com espécies pioneiras e secundárias em áreas desnudas e adensamento com espécies climax em áreas florestadas (25.000 mudas);
b) manejo racional de abelhas nativas, responsáveis pela polinização da floresta;
c) proteção das margens e encostas (2500m) com material retirado do próprio leito do rio;
d) programa de educação ambiental para 205 pessoas, com dias de campo com alunos, professores e agricultores, além de cursos de ecologia florestal e manejo de abelhas nativas;
e) programa de comunicação, divulgação e produção multimídia.
Este projeto reflete um anseio da comunidade, em especial daquela diretamente envolvida com o rio. As ações propostas pelo projeto foram debatidas em diversas instâncias institucionais que representam a comunidade, além de visitas específicas com agricultores proprietários de terras que margeiam o rio. Nascendo de uma demanda social e ecológica, são previstas ações nas quais a comunidade também é protagonista, participando desde a coleta de sementes para produção de mudas, cursos até o efetivo plantio e monitoramento.
Ações multimídias são previstas para a comunicação do projeto: boletins periódicos locais, divulgação no site da Anama, edição de livro e cartilha, banners, folders e produção de vídeo educacional. Espera-se atingir com essas ações, a comunidade local, regional, estadual e nacional.
II - JUSTIFICATIVA
A bacia hidrográfica do rio Tramandaí (2700 km2) é composta de diversas sub-bacias, entre elas, a do rio Maquiné (543 km2). Esta sub-bacia, localizada quase que totalmente no município de Maquiné, Rio Grande do Sul, é considerada de alta prioridade para a conservação da biodiversidade. Dentro dela, encontra-se a Reserva Biológica da Serra Geral, unidade de conservação estadual que abriga os remanescentes mais íntegros da Mata Atlântica no RS, nos quais dezenas de nascentes abastecem a bacia do Tramandaí com águas de classe especial e propiciam habitats para dezenas de espécies raras ou ameaçadas de extinção. Situa-se entre a Serra Geral, formação geológica que apresenta seu topo no planalto das araucárias a cerca de 900m de altitude, com escarpas abruptas, até chegar praticamente ao nível do mar, já nos domínios da Planície Costeira. Por esses atributos naturais, é considerada Zona Núcleo da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica.
A partir da problemática cheias-desmatamentos-erosão-assoreamento, a recuperação da mata ciliar requer ações sociais e ecológicas e passa pelo reconhecimento da população sobre o papel das florestas no ciclo hidrológico até o plantio das mudas conforme os processos de sucessão ecológica e o monitoramento das áreas plantadas. Neste sentido, as atividades de educação ambiental propostas, com a inserção dos alunos e professores em atividades de campo são vivências que crianças e jovens tendem a valorizar.
De outro lado, a inclusão dos principais polinizadores da floresta – as abelhas nativas sem ferrão, conectando-as com os reflorestamentos e remanescentes florestais, propícia, além desse serviço ambiental, a possibilidade do uso sustentável da floresta por parte dos agricultores familiares, apicultores e meliponicultores. A meliponicultura representa aumento das populações de espécies ameaçadas; preservação da biodiversidade, pois são polinizadores por excelência; restauração ambiental através da preservação de árvores para construção dos ninhos; fonte de renda com pequeno investimento; facilidade de manejo e aliança com a agricultura através da polinização de cultivos.
Execução:
Patrocínio:
Parcerias:
Comunidade local;
Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária do RS [Fepagro/Litoral Norte];
Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do rio Tramandaí;
Fundação Estadual de Proteção Ambiental do RS;
Prefeitura Municipal de Maquiné;
Pontifícia Universidade Católica do RS;
Reserva Biológica da Serra Geral;
Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Maquiné;
Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
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